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ERWIN WURM – A coleção de Serralves no Palácio da Bolsa – 15 Abril a 30 Dezembro 2024
O Palácio da Bolsa acolhe, a partir do dia 15 de abril e até ao final do corrente ano, duas obras de referência do escultor Erwin Wurm (Bruck an der Mur, Áustria, 1954), numa iniciativa integrada no Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves.
O trabalho de ERWIN WURM investiga os princípios básicos da escultura com foco na interação do corpo humano com objetos do quotidiano. O sarcasmo e o humor, o envolvimento do espectador e a manipulação de formas antropomórficas são aspetos recorrentes na obra do artista. Para além da sua dimensão lúdica, a prática de Wurm revela um posicionamento crítico em relação ao pensamento e estilo de vida da sociedade ocidental.
Em Psycho 7 (Blue), que ficará exposto na Sala do Tribunal, Erwin Wurm revisita uma obra performativa anterior, Psycho IV (1996), pertencente à sua célebre série “One Minute Sculptures” [Esculturas de um minuto] (1988-2017) em que desafia os participantes a seguir instruções simples que envolvem a interação com objetos do quotidiano e resultam numa pose não convencional e cómica que devem manter durante cerca de um minuto. Em Psycho IV (1996), o participante coloca todo o seu corpo dentro de uma camisola azul, transformando-o numa massa informe em que apenas são reconhecíveis pés, pernas e costas. Na escultura de alumínio Psycho 7 (Blue), as questões de participação e efemeridade exploradas em Psycho IV são revertidas no que o artista descreve como “uma escultura de um minuto eterna”.
A par da sua obra escultórica, o livro Peace & Plenty [Paz & Abundância] (2018), pertencente à Coleção da Biblioteca de Serralves, exposto na Sala do Telégrafo, realça a importância do desenho na prática de Erwin Wurm. Desenhando todos os dias, Wurm usa o que encontra à mão para refletir e comentar o papel o mundo que o rodeia. Revelando esboços de obras não realizadas, como Hand Cream [Creme de mãos] (2017-18), ou das instruções para as suas “One Minute Sculptures”, como Psycho I e IV (1996), os desenhos do artista aproximam-nos do seu pensamento e do seu processo de criação.
As obras podem ser visitadas todos os dias, no horário turístico do Palácio da Bolsa, mediante aquisição de bilhete.
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